domingo, 26 de abril de 2015

Dos textos que encaixam que nem uma luva...

"Ela se foi, foi num sopro de uma noite de verão, foi sem que  eu pudesse impedir, sem a conseguir deter, perdi a pessoa que mais amava naquela noite, naquele momento em que fiquei imóvel, em que nem um som saiu dos meus finos lábios, e ela se foi, foi desaparecendo na linha do horizonte, foi indo e indo cada vez mais longe, mais distante de mim até que eu nunca mais a vi, só nos sonhos, só nas memórias que vivem em mim, que me cercam o corpo, a minha vida e o meu coração.

E ela deve pensar que eu nunca mais a quero ver, que eu não lutei por ela que não a mereço, que não a amava, mal ela sabe que eu a amava mais que tudo neste mundo, que eu sabia o que os olhos dela revelavam, mesmo ela não sabendo que eles eram tão transparentes, que eu a observava quando ela dormia, sentindo-me um sortudo por a ter ali, ao meu lado, que eu a conseguia proteger, que eu tinha de proteger de tudo, que ela era o bem mais precioso, mais que a própria vida mais que o próprio sonho, ela era o propósito da minha vida, e o sentido do meu sonho” o sonho comanda a vida” e ela, bem ela, comandava a minha.

Que ela dormia e eu suspirava fundo por a ter ali, suspirava por ser um sortudo, o mais sortudo, sorte essa que acabou por eu nunca lhe ter dito o que sentia, nunca ter dito que a amava, mais que vida, mais que o sonho. Que a amava desde que a vi pela primeira vez, que o sorriso dela nunca mais saiu da minha cabeça, e quando vejo os olhos só me vem a imagem dela a sorrir, com aquele olhar de ternura e puro, sem qualquer dor que eu mais tarde lhe fui causar, estraguei o sorriso dela, o olhar dela deixou de ser brilhante constante e presente, passou para um estado de ausência, que eu causei em todos os momentos que a meti a porta do meu coração, que eu a separei dele, mesmo sendo a única pelo qual o meu coração bate.

Ela nunca soube que a amava, que a amava até o coração doer, até as lágrimas caírem, até não ter forças para suportar tal amor, ela nunca soube, porque eu nunca lhe disse, nunca lhe disse que era só ela e apenas ela que eu imaginava de branco num altar, que era só ela e apenas ela que eu imaginava a envelhecer ao meu lado, sem perder aquela beleza absoluta, aquele brilho no olhar, aquele esplêndido sorriso.

Tenho saudades dela, da sua teimosia, da sua indecisão, da sua necessidade de estar comigo, de contar comigo, de se apoiar em mim, de ser o seu confidente, de a ouvir a fazer planos para o futuro, de a ouvir a cantar no duche ou no carro, de a ouvir a refilar, de ouvir o riso dela quando lhe fazia cócegas, de ver como ela ficava feliz e animada, tive o prazer de ter a pessoa perfeita ao meu lado, mas não a estimei, não como ela merecia, sei que errei, sei que devia de a ter apoiado, de ter me interessado, envolvido na vida dela como ela fez com a minha, devia ter me preocupado mais, querer saber mais, interessar-me mais e ter me dado mais.

Via que ela tentava vir ter comigo, falarcomigo e eu a ignorava, lembro-me de ela avisar que tínhamos de nos endireitar, que estávamos perdidos e que juntos conseguíamos, e eu ignorei todos os avisos, todos os presságios, ignorei a ela, ignorei todas as suas chamadas de atenção não para ela mas para a nossa relação, ela bem me alertou que as coisas não estavam bem, que eu precisava de agir, mas eu fiquei e fui ficando longe e distante, cada vez mais ausente cada vez mais impotente, e ela foi indo, foi se afastando aos poucos e poucos já não havia mais nada para salvar, não havia mais nada para arder, não havia mais amor nela, e eu cheio de amor, e incapaz de o mostrar fui guardando em mim todo o amor no mundo, todo o amor que sentia por ela e ela nunca soube.

Sei que ela fez o mais correto, sei que ela pensava que eu não amava, sei que ela não merecia alguém como eu, alguém que não a sabia amar, para amar não basta saber, é preciso mostrar, é preciso que ela saber que a amava, como a amava, que a amava de forma única, que a amava de forma intensa, que a amava para sempre, para todo o sempre. Sei que a perdi, sei que me vou sempre arrepender de não ter corrido atrás dela, de não ter mostrado quando sabia que ela precisava de o ver, sei que fui um parvo, sei que ela acha que algo está errado com ela por me ter amado, me ter dado tudo sem receber nada, ter investido tudo e tudo perdeu, sei que ela acha que eu nunca amei que foi mais uma, mais uma apenas, mas ela foi apenas a uma na minha vida.

Agora vives nos meus sonhos, não tenho coragem de ir atrás de ti, não te mereço, nunca mereci, nunca mereci todo o teu amor, toda a tua força e coragem, nunca fui capaz de te agradecer tudo o que fizeste, tudo o que cresci contigo, por seres quem és, por seres tu, por seres capaz de mudar o mundo como mudas-te o meu, gostava de poder ir ter contigo olhar-te nos olhos ver que ainda me amavas e dizer “amo-te mais do que posso mostrar, mais do que possas sentir, amo-te como nunca amei, nem vou ser capaz de amar, amo-te a ti e só a ti, amo-te mais que qualquer pessoa te vai conseguir amar, amo-te mais do que este corpo consegue suportar, amo-te ontem, hoje e em todos os dias da minha vida, eu amo-te mais do que posso mostrar”.

Desculpa se um dia eu te deixei partir no silêncio, na escuridão, no sopro da noite, desculpa se eu nunca te disse o que merecias ouvir e eu não fui quem merecias ter, vives em mim desde o primeiro dia,desde esse eterno dia…"

É assim se perde um grande amor.
Quando não se sabe mostrar.
Quando não se entende que muito mais do que as palavras, o amor sobrevive com atitudes.
Depois não há volta a dar. Não há volta que traga o amor de volta.

Há 7 anos atrás...

Hoje já não vou mais precisar de olhar para esses olhos cheios de promessas em vão e dizer que acredito em ti, quando no fundo já nem em mim consigo acreditar. Já não quero mais acariciar o teu rosto, sentir o teu toque suave a procurar cada recanto do meu corpo ou provar o doce e amargo sabor da tua boca. Assim como vinhas, partias e eu sempre soube ver-te partir, sempre soube acenar-te mesmo sem que olhasses para trás e sempre soube dar-te o sorriso reconfortante, aquele que te permitia teres a certeza de que quando regressasses eu continuaria aqui, á tua espera. Muitas vezes partias sem avisar, tinhas-me como que em tua posse, e eu focava-me na tua ausência pois nela havia sempre uma possibilidade de voltares. Mas meu amor, com o passar do tempo tudo perde a intensidade e eu não sou de ferro. Da próxima vês que me vires, talvez não te volte a olhar nos olhos, talvez não te morda o lábio carinhosamente e talvez não me voltes a ouvir gemer enquanto o meu corpo se contorce e é entregue a ti, porque finalmente decidi que me quero libertar, tenho asas e quero voar, mas sozinha. Quem sabe se não nos encontramos outra vez, e quem sabe mesmo se não voltarei a dormir contigo, no teu carro ou na pensão mais rasca que nos aparecer à frente para que possamos matar o desejo que nunca deixaremos de sentir um pelo outro, talvez eu até te volte a entregar o meu corpo, mas nunca mais te entregarei a minha alma. E hoje, hoje não preciso que ninguém nos separe, não preciso que o tempo nos separe ou a distância, ou o orgulho, ou a morte porque eu própria me separo de ti.

23-08-2008

sábado, 25 de abril de 2015

Das piores coisas que uma pessoa pode sentir, é que dá tudo, investe tudo de si e parece que nunca é o suficiente para os outros.
Seja no que for. No trabalho, na relação com os amigos, com os irmãos, na relação amorosa. Mas aguenta-se. Como tudo o resto. 


domingo, 19 de abril de 2015

O amor não é fácil. Nunca foi, e tenho quase a certeza que nunca será. Desconfio de relações perfeitas. Daqueles casais que nunca se chateiam, que nunca discutem, que nunca têm a ponta de um ciúme, que tudo é um mar de rosas. É impossível que assim seja. O amor e uma relação que provenha desse sentimento é uma construção que leva as pessoas a conhecerem - se de outra maneira, a testarem outros limites, a abrirem novas portas de partes que nunca antes tínhamos conhecido, ou deixar alguém ultrapassar as nossas. E por isso há sempre reações e atitudes que não gostamos, há coisas que nem nós próprios pensamos bem antes de fazer ou falar. Mas amar alguém e relacionarmo-nos com outra pessoa implica uma aprendizagem constante. Aprendemos todos os dias como havemos de fazer melhor, como havemos de conseguir não magoar, como havemos de conseguir surpreender, como havemos de lidar com a outra pessoa em diversas situações que surgem ao longo do caminho. E quando decidimos percorrer esse caminho com alguém, temos responsabilidades acrescidas. Quando sabemos que é com aquela pessoa que queremos acordar todos os dias, construir uma vida a dois, uma família, escrever uma história, temos de estar prontos. Preparados para tudo. Para o que der e vier. E nada corre bem se não se falar sobre tudo. Se as cartas não forem postas em cima da mesa. Se os medos não forem explicados, para posteriormente serem acamados. Se os receios não forem ditos, para depois serem apaziguados. Se os erros não forem expostos, para depois serem corrigidos e melhorados. É assim que se segue em frente de mão dada com outra pessoa. A falar, sobre tudo. Sem tabus. E quando se fala e se chega à conclusão que se ama incondicionalmente. Quando se fala e se ouve. E quando duas pessoas estão dispostas a melhorar, quando se vê o interesse nos olhos do outro, de fazer melhor, de nos perdoar também por todos os erros que também cometemos, então aí sabemos, sem sobrarem dúvidas que ainda há mais estrada a ser percorrida. A dois. No nosso caso, as duas.

sexta-feira, 17 de abril de 2015

Fonte de inspiração. Brisa do mar. Cheiro a lavado. Céu azul. Flor de Primavera. Fruta no verão. Lareira no inverno. Pés na areia. Raio de sol. O aconchego de um abraço. Um sopro no pescoço. Arrepio na orelha. Canção de embalar. Trovão. Fogo. Quente. Barulho ensurdecedor. Silêncio e paz. O toque suave dos lábios. A troca de olhares que despe e lambe devagar. Solidez. Conforto. Segurança. Olhos, dedos e boca. Noite de loucuras. Tarde de conversas. Segredos. Música e guitarra. Salgado. Doce e amargo. Poesia. Um verso. Palavras. Amor. Paixão e sedução. Amor. Amor. Tu.

terça-feira, 14 de abril de 2015

A de amor.. Que não chega

Se eu me puser a pensar no quanto estou desfeita por dentro, não consigo conter as lágrimas. No entanto, esta é a primeira vez que nem uma caiu até agora. Há decisões que são os outros que tomam pelas atitudes que têm connosco e por isso não custa tanto, ou não pensamos tanto. Porque sabemos que demos o melhor de nós em cada passo dado. As vezes não somos bons o suficiente para a outra pessoa, não nos amam o suficiente, porque se assim fosse, haveria sempre volta a dar. Haveria sempre atitudes que não se repetiram. Todos temos o direito a errar, a sermos perdoados pelos nossos erros. Mas sempre o mesmo motivo, sempre igual, sempre o mesmo. O outro só faz porque quer, porque já sabe como vamos reagir, já sabe o que vai dar e continua a arriscar perder-nos sem que isso seja o suficiente para não deixar as situações más surgirem. Agora nós aceitamos uma vez, seguimos em frente, aceitamos duas, à terceira estamos a ser burros, à quarta estamos a ser otarios connosco próprios por querermos arranjar desculpas para o que não tem desculpa, e quando perdemos a conta das vezes que o ambiente se estragou pelo mesmo motivo de sempre, aí então está na hora de irmos embora. De dar espaço à outra pessoa para que ela possa fazer o que quer, com quem quer e não sermos uma preocupação e um peso no meio de tudo o resto. Se o mundo soubesse o quanto te amo, se o mundo soubesse que és a única por quem iria até ao fim se sentisse o mesmo da tua parte, se o mundo soubesse como sinto que não consigo viver sem a tua boca e os teus olhos... Tive momentos tão intensos, tão felizes, mas também não quero pensar neles agora. Nem em ti. E se o mundo soubesse o quanto custa desistir quando amamos desta forma. Ir embora quando queríamos a vida inteira. Não falar quando era só aquela pessoa que queríamos connosco... Mas depois olhamos para a outra pessoa. Ela não está sozinha. Tem quem quer ter por perto. E eu não estou sozinha também, mas por agora prefiro estar. Seguimos em frente, não há hipótese, porque não sabemos caminhar para trás. Mas dói. Mas passa. E se não tinha chorado até agora, foi este o momento. Já está , acabou.

sexta-feira, 10 de abril de 2015

Das maiores verdades que já li

"O Amor acontece quando tem de acontecer. Nem mais cedo nem mais tarde. Pode passar um mês como pode passar dez anos. É o tempo do Amor, não há volta a dar, é algo que vive para além das barreiras do tempo que consideramos normal. Quando tudo acontece, irás sentir o Mundo a desenrolar e a revelar-se como nunca o fez antes. Porque? Porque é nessa altura que tudo o que não fazia sentido, passa a fazer. É quando sentimos que o nosso coração ganhou uma nova dimensão que pensávamos não existir. É quando a nossa alma desperta para uma nova magnitude que poderia parecer utópica. Por isso o desejo da carne e de propriedade não passa de uma ilusão e mentira que damos a nós mesmos. Porque quando o Amor se revela de ambos os lados, a verdade que escapava perante os nossos olhos surge do nada, e nos ilumina como nunca fomos iluminados antes. Quando o Amor acontece, a pessoa que tens ao teu lado, é assertiva na conversa. Não te dá tretas. Dá sim a segurança que tu sabes que precisas. Que não dá desculpas perante factos irrefutáveis. Que é um elemento facilitador e não de criar barreiras que nada mais são que obstáculos para a evolução da nossa vida. Que faz de ti a prioridade da vida e não uma opção de vida entre tantas outras. Que faz com o que o Sol brilhe, mesmo quando se instala no céu a maior das tempestades de todo o sempre. Que não tenha receio de mostrar que ama, seja sozinhos ou perante um Mundo inteiro. Que faça com que te sintas o centro de um grandioso plano de vida e que faça com que as certezas suprimam toda e que qualquer dúvida. Que te abrace num dia mau, não porque te sentes mal, mas porque será sempre o teu refúgio do Mundo. E que esse abraço seja a melhor coisa do teu dia. Quando o Amor acontece, essa pessoa torna-se parte de nós, fonte de inspiração, de emoção, de paixão, de toda a energia do coração. Saber esperar por essa pessoa é uma virtude enorme que mostra bem a tua personalidade. Saber cair nos antros do desejo, só para mascarar uma carência, ausência ou outro qualquer factor, nada mais é que atirares areia aos teus olhos, quebrares o teu espírito e prolongares esse sentimento vazio e inócuo que nunca te dará qualquer tipo de felicidade." Paulo César

terça-feira, 7 de abril de 2015

Quando tomo as minhas decisões, raramente volto atrás. Por mais que possam ser erradas, por mais que as pessoas me possam tentar ver e convencer do contrário, eu quando dou um passo em frente, não volto a ir para o mesmo sitio de onde decidi sair. A faculdade foi uma delas, tu vais ser a outra. Estou consciente do quanto te amo, do quanto quero a minha vida ao teu lado, do que estou disposta a fazer para ficar contigo. Mas tu não me amas como dizes, não podes amar. E chega de desculpas. Se calhar não estás mesmo pronta para ter um namoro como já disseste mais que uma vez , só tenho pena que não tenhas pensado nisso antes de mo pedires. É quase impossível amar como te amo, e ir embora. Amar como te amo e não te beijar nunca mais. Amar como te amo e ser só tua amiga. Mas é mais impossível ainda amar como te amo e fazeres me sentir ridícula por acreditar que me amas como te amo quando não sabes mostra - lo. Parece que tens dias marcados para o fazer.
Chega. Estou a dar um passo em frente.

segunda-feira, 6 de abril de 2015

As pequenas coisas da vida são as que mais feliz me fazem. Posso esquecer-me de todos os presentes que já me deram, mas jamais me esqueço de um abraço dado na altura certa, um bilhete posto à escondidas dentro da mala, um telefonema só para dizer Amo-te. O escreverem o teu nome numa parede juntamente com um coração. Quando se lembram de ti sem esperares, quando te dão valor. Sou feliz e agradecida por em algum momento da minha vida terem partilhado momentos destes comigo. Por algumas pessoas ainda o saberem fazer, sem me falharem.

sexta-feira, 3 de abril de 2015

A de amor

O que me faz amar-te é muito mais do que te posso dizer.
Apaixonei - me por ti devagar, aos poucos, quase sem notar, quase sem querer. Mas é muito mais aquilo que me faz amar-te do que o que pode afastar de ti. Se te visses com os meus olhos, apaixonavas-te também. De certeza. Pela tua maneira de ser, pelo teu lado despreocupado e pelo responsável. Os teus olhos, a tua boca, as tuas mãos, o teu pescoço, a tua língua, todos os recantos do teu corpo. A tua maneira de ser forte, determinada, lutadora, ambiciosa. Se te visses com os meus olhos apaixonar-te-ias tal como eu, seria impossível que isso não acontecesse. Pela tua voz ao meu ouvido, os teus lábios a dizerem que me amas, a amarem - me como só tu sabes  fazer. E o teu cuidado, a tua preocupação comigo, o carinho e o amor que me dás, sempre. Não quero o fim daquilo que me faz feliz. Quero ver-te sempre com estes olhos. Quero amar-te sempre com os olhos, e com a boca e com o mais profundo e verdadeiro que existe em mim. E não quero que te vejas com os olhos que te vejo, porque para apaixonada desta maneira por ti, já basto eu.